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É evidente para todos que o ‘nome’ é de extrema importância, visto ser o mesmo revelador, aquele que identifica o ser como pessoa e o torna exclusivo, único, particular, dentre uma multidão dos, por assim dizer, constituídos seus semelhantes. Na experiência concreta do nosso quotidiano costumamos sempre ligar o fato à pessoa ou vice-versa, em se tratando daquele que se conhece, como sendo parte da identidade que ao longo do tempo foi-se revelando em sua característica de ser, ou seja, a formação de sua índole.
No plano espiritual o nome está sempre ligado para além do que podemos ver com os nossos olhos ou tocar com nossas mãos, e se autóloga por uma atitude de busca na compreensão do chamado interior que se define pela vocação (do latim: vocare) de cada pessoa, ou seja, seu verdadeiro lugar e missão no mundo. Foi assim para o povo da aliança primeira. O nome fazia parte de um acontecimento concreto na vida de cada pessoa, como também revelava o seu papel futuro diante da comunidade; assim, para os antigos, cada nome carrega o seu significado característico.
É no livro das revelações de São João, ou apocalipse, que encontramos:
“Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor darei o maná escondido e lhe entregarei uma pedra branca, na qual está escrito um ‘nome novo’ que ninguém conhece, senão aquele que o receber” (Ap 2,17).