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Para iniciarmos sobre este assunto que caracteriza a ideia de pastor, mas especificamente aqui, ao nos referirmos sobre a experiência que repousa da atitude espiritual daqueles que tem o múnus de guiar pessoas, pensemos a partir dessa imagem, no paralelo que possa existir com qualquer outro tipo de autoridade constituída, em suas diversas realidades e culturas, em torno de nosso mundo.
A ideia de pastor, é importante ressaltar, nasce da experiência dos povos antigos como nos faz saber o antigo testamento, que, obtendo através dos séculos de cultura no lidar com os rebanhos, não deixou que logo os influenciassem na linguagem em destaque, na relação que se dá entre ovelhas e seus guias, perfeita alegoria entre o cuidado do chefe de tribo com a sua gente.
Ao chefe de tribo, competia o governo de seus bens e a boa maturidade, geralmente um ancião, experimentado nos anos, que lhe garantissem a sabedoria para bem orientar sua gente quando ao mesmo era pedido que intervisse em assuntos de ordem comum.
Os pastores de rebanhos – em sua grande maioria – eram como que empregados contratados para exercer o serviço de zeladores do bem-estar dos animais confiados à sua guarda, sejam estes ovelhas, cabras, bois, etc, isso, quando seus donos eram considerados ricos e possuidores de muitos bens; o contrário, para os de condições menos favoráveis e própria subsistência, eram eles, os próprios donos ou alguém da família que exerciam este papel.