A
Palavra na história pessoal vivida. Momentos de abertura e fechamento à voz
interior: Um relato concreto*:
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Com que coragem, eu, um jovem
monge, desprovido daquela autoridade credenciada pela experiência de fé de anos
e anos construída no natural e sempre novo cotidiano monástico, aventura-se a
tornar conhecida minha intimidade com Deus por meio de Sua Palavra?
Respondo que, a única
autoridade que se possa invocar para falar a outrem é o da ‘busca’ e o da
‘verdade’. Pela primeira, ainda que não seja longa, tem sua real experiência de
vida. Pela segunda, é permitido a tal jovem monge dar testemunho de sua
história pessoal de fé e meditação na perene atualidade da Palavra de Deus: A
Sagradas Escrituras. Por ambas, se realiza aquela busca mútua de Deus para com
sua criatura predileta que é o homem, e do mesmo para Deus que é a Verdade.
É, pois, a partir dessa mútua
procura entre Deus e o homem, a qual é sempre precedida por Ele – como nos
atesta a Sagradas Escrituras e seguida fielmente pelo Magistério ao longo dos
séculos – é que se inicia esta minha trajetória de fé, de busca, o que não é
senão minha resposta à Palavra que se auto-revela em minha particularidade, e,
se autorrevelando, me torna claro os Seus desígnios, me concedendo a partir de
minha abertura à graça de responder a Sua Vontade.